Um tipo de jogo que me conquistou desde a primeira vez que vi, foi o de corrida.
Desde os bons tempos de Enduro no meu Dactar II nos idos dos anos 80, até finalmente correr no jogo de Fórmula 1 para computador, o Grand Prix 2 da MicroProse. Acredito que neste momento, o que era apenas um embrião, despertou.
Depois do Dactar II, meu próximo videogame foi um PS3 já em 2011, o que tenho até o momento. Como primeira coleção de jogos junto com o console, não podia faltar ao menos um de corrida. Comprei o Dirt 3 e o Gran Turismo 5. Realmente outro nível de gráficos desde o Grand Prix 2.
Juntamente com as aquisições (e aproveitando o dólar próximo dos R$ 2), comprei junto um volante da Logitech Driving Force GT, desenhado para o Gran Turismo.
O problema sempre foi onde instalar o volante. A solução mais comum era utilizar a tábua de passar roupas aqui de casa. E assim passaram os anos...
Após algumas pesquisas no mercado, a triste constatação: São caros! Mesmo os mais simples. Estes que nos faziam pensar "Mas o caro é tão melhor...".
A ideia de fabricar um não demorou. Primeiro pensei em uma estrutura metálica, como todos os suportes que existem à venda.
Um primeiro esboço ficou assim:
Ocorre que peças metálicas aceitam menos erros e eu não tinha a noção exata das proporções, afinal tenho 1,92m de altura e, suportes com tamanhos "médios", podiam não ser exatamente o melhor pra mim
Com isto escolhi utilizar a madeira, já que eu poderia fazer em casa, sem ter que utilizar soldas ou outras ferramentas para trabalhar o metal.
Fiz diversas medições em mim mesmo, numa cadeira que eu iria utilizar parar pilotar. Altura do assento, tamanho do braço, posição ideal do volante, comprimento das pernas, largura etc.
A intenção era fazer algo que fosse estável e leve. Assim surgiu o primeiro projeto:
Uma coisa provavelmente irá acontecer com você que embarcar nesta cruzada: O material disponível.
As peças de madeira que encontrei no material de construções não tinham exatamente as seções que eu havia imaginado. Com isto surgiu o projeto 2 adaptado ao material disponível:
E este foi produzido no quintal de casa e me serviu por um tempo. Foi até pintado pela minha filha, participante da fabricação.
Acontece que ele era pesado, bem pesado. Perto dos seus 20kg. O lado bom é que era muito "sólido" e firme.
Além do peso, o fato de não ser desmontável era outro grande problema. Guardar!
Então, eu precisava de um suporte que pudesse desmontar e ainda fosse regulável para diversas alturas de cadeira e, principalmente, de tamanhos de "pilotos"...
Surgia então o projeto 3:
O projeto era bem mais esbelto e elegante. Tinha as regulagens que eu precisava e ainda tinha as dimensões ajustadas em função do meu teste anterior.
Desta vez eu precisava de um marceneiro. Não iria arriscar novamente fabricar em casa e me decepcionar com o resultado. Precisava das medidas exatas, como eu havia projetado.
Após algumas indicações nos materiais de construção, encontrei o Sr. Chicão, em Barra do Sahy/ES, perto de Coqueiral/ES onde eu morava na época. Santo homem que topou meu projeto.
Desta vez eu precisava de um marceneiro. Não iria arriscar novamente fabricar em casa e me decepcionar com o resultado. Precisava das medidas exatas, como eu havia projetado.
Após algumas indicações nos materiais de construção, encontrei o Sr. Chicão, em Barra do Sahy/ES, perto de Coqueiral/ES onde eu morava na época. Santo homem que topou meu projeto.
Depois de pronto, os testes foram um sucesso! Ficou perfeito para o meu tamanho. E ainda minha filha conseguia pilotar!
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Usado juntamente com uma bancada |
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As regulagens permitem que o suporte sirva até para minha filha de 7 anos |
A fabricação na marcenaria demorou um dia e meio. Isto porque não era prioridade do marceneiro (Chicão) que mexia apenas nos tempos livres que tinha. Mas as peças do projeto são bem simples e de fácil execução.
Acredito que terão resultados significativamente diferentes em função da madeira escolhida. Mais nobre que a minha. Eu fiz de pinus e isto causa uma leveza excessiva, apesar de não ser frágil. Esta escolha dos materiais fica a cargo de cada um.
Já o grande segredo da montagem, está na escolha dos embutidos, ou seja, dos parafusos e borboletas os quais me permitiriam soltar e apertar sem necessidade de chaves.
Minha escolha (por disponibilidade) foram parafusos de fixação de vasos sanitários e de borboletas que foram compatíveis com a rosca do parafuso.
O resultado fica assim:
Sob o tampo, é necessário cortar e desbastar as pontas dos parafusos em função do comprimento.
Os três projetos podem ser baixados no link Postagem 58 - Arquivos Compartilhados.
Neste link, também, é possível encontrar todas as fotos e alguns vídeos da fabricação do suporte na marcenaria do Chicão, o que pode auxiliar e orientar na fabricação do seu.
Aqui, para finalizar e dar o devido crédito à minha artista que, por coincidência, também é filha, segue o comparativo entre a versão fundo de quintal e a feita na marcenaria.
Minha filha bem que tentou fazer com que o antigo fosse mais atrativo... mas não deu. Tivemos que jogar fora o anterior, não sem um grande aperto no peito. Deu bem trabalho fazer, mas o novo era o que eu precisava.
Espero que tenha curtido e que tenha muito sucesso na fabricação do seu suporte. Boa marcenaria!
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